13 dezembro, 2011

Jornais de hoje, 13/12/2011


- Globo: Crise global afeta crédito para empresas brasileiras
- Folha: Copa deve antecipar aulas e férias em 2014
- Estadão: Mercado considera pacto fiscal da UE insuficiente
- Correio: Brasileiros vão pagar imposto com cartão
- Valor: Conteúdo local aumentará para toda montadora
- Estado de Minas: Outdoors irregulares voltam a poluir BH
- Jornal do Commercio: comprar carro está mais difícil
- Zero Hora: Crescimento gaúcho supera média do país graças ao agronegócio
Fonte: Josias de Souza

11 dezembro, 2011

"O livro", artigo de Mary Zaidan

"O livro de Amaury é uma revanche. Com ele debaixo do braço acham que podem encher a boca e dizer: roubo, sim, mas eles também roubam; temos corruptos, mas eles também os têm".

Leia o artigo

Fonte: Blog do Noblat, Jornal O Globo.

Jornais de hoje, 11/12/2011

- Globo: Reitores de 16 universidades são investigados por fraudes
- Folha: Serra tem maior rejeição e Lula, maior influência
- Estadão: Magistrados driblam teto e salário passa de R$ 50 mil
- Correio: Vítimas de golpe no TRT perderam R$7 milhões
- Estado de Minas: Infância atrás das grades
- Jornal do Commercio: Se não mudar, vai parar
- Zero Hora: Estado reverterá bens do tráfico em combate ao crime
Fonte: Josias de Souza

06 novembro, 2011

A culpa é do eleitor! (por Tutty Vasques)

A culpa é do eleitor!:
ILUSTRAÇÃO POJUCANSe o Brasil fosse um país sério, francamente, a população estaria agora mesmo nas ruas pedindo cadeia para o eleitor do Distrito Federal! Por mais que, em geral, o brasileiro não saiba votar, convenhamos: o cara que entregou as chaves do Palácio Buriti para Joaquim Roriz, José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz, com todo respeito, esse não tem desculpa. Ninguém erra tanto assim por acaso, né não? Aí tem!

Como não cabe todo mundo na Papuda, que se instaure ao menos a CPI do Eleitor do DF, de preferência no Congresso para que o resto do país consiga entender melhor o que está por trás da indústria suprapartidária de escândalos fomentada pelas urnas da Grande Brasília. O voto é, evidentemente, cúmplice de todas as grandes lambanças da política no Cerrado.

Diferente do que virou triste rotina em vários palácios de governo da federação, o que acontece por lá dispensa as preliminares de suspeitas de malfeitos e gritos de “pega ladrão”. Rola direto um strip-tease ético trash: audiovisuais de mão-boba na bufunfa, língua nos dentes, boca na botija, dedo-duro, um passando a perna no outro, sotaque cafajeste, erros de concordância, pouca-vergonha.

Só pode ser coisa orquestrada pelo eleitorado do Distrito Federal. É seu voto que, em última instância, escolhe a dedo os protagonistas da política-pastelão que – entra governo, sai governo – segue se superando para não frustrar a expectativa das urnas.

Agnelo Queiroz chegou ao cúmulo de dia desses afastar, de um tapa só, a cúpula de sua Polícia Civil, acusada de deixar vazar conversa fiada do governador com o corrupto que o acusa de cúmplice na ladroagem.

Tomara que, se continuar nessa batida, tenha logo o mesmo destino glorioso de seus antecessores. Ele merece!

03 novembro, 2011

Manchetes dos jornais, 03/11/2011

- Globo: Renda sobe mas desigualdade ainda impede avanço do Brasil
- Folha: Contra referendo, Europa ameaça sufocar a Grécia
- Estadão: Grécia deve aceitar plano ou deixar euro, determina UE
- Correio: Passagens de avião sobem até 41% neste fim de ano
- Valor: Europa ameaça Grécia e G-20 quer mais rigor fiscal
- Estado de Minas: Mais uma semana de agonia no Buritis
- Jornal do Commercio: Barco com turistas assaltado na praia
- Zero Hora: Efeito ONGs - Pente-fino afeta 121 entidades no Estado
  Fonte: Blog do Josias de Souza

Meu Cariri

16 julho, 2011

Hino brasileiro

Bolívar Lamounier escreve sobre corrupção


Corrupção: os porquês de nossa aparente passividade, e possíveis saídas (I)

de Bolívar Lamounier

Sobre o tema indicado no título, eu talvez devesse me limitar a uma recomendação enfática do texto que o Reinaldo Azevedo postou hoje (13.07) no blog que mantém na revista Veja. Se invento de lhe acrescentar alguma coisa, é mais pelo gosto do debate, e na esperança de encontrar algo útil a dizer em razão de minha formação em ciência política.

O que motivou o Reinaldo foi um artigo publicado no dia 7 deste mês pelo jornalista Juan Arias, correspondente no Brasil do jornal espanhol El País. Como tantos de  nós temos feito, Arias perguntou onde estão os brasileiros indignados. Por que não ocupam as praças para protestar contra a corrupção e os desmandos?

Com sua habitual precisão, Reinaldo começa observando que a resposta não é simples nem linear: as praças estão vazias devido a uma conjugação de vários fatores. No essencial, porém, ele diz que o “povo” não está nas ruas porque foi privatizado pelo PT;  porque o PT compra, por exemplo, o MST com o dinheiro que repassa a suas entidades;  porque a outrora gloriosa UNE hoje é apenas uma repartição pública alimentada pelo lulo-petismo com milhões de reais; porque a CUT e as outras centrais sindicais,  tão vigilantes nos tempos de FHC, também se tornaram sócios bem-remunerados da corrupção dos últimos anos, e convenientemente esqueceram, como é óbvio, suas antigas críticas ao Imposto Sindical, cobrado compulsoriamente dos trabalhadores, sejam sindicalizados ou não.

O Imposto, como ninguém ignora – diz Reinaldo -, “é a fonte que alimenta as entidades sindicais e as próprias centrais, que não são obrigadas a prestar contas dos milhões que recebem por ano. As esquerdas dos chamados movimentos sociais estão engajadas, mas em defender o governo e seus malfeitos. Afirmam abertamente que tudo não passa de uma conspiração contra os movimentos populares. As esquerdas infiltradas na imprensa demonizam toda e qualquer reação de caráter legalista. Ao longo dos quase nove anos de poder petista, a sociedade brasileira ficou mais fraca, e o estado ficou mais forte; não foi ela que o tornou mais transparente; foi ele que a tornou mais opaca. Em vez de se aperfeiçoarem os mecanismos de controle desse Estado, foi o Estado que encabrestou a sociedade civil”.

E OS “CARAS-PÁLIDAS”, POR ONDE ANDAM?

Aí está, em grandes linhas, o triste quadro pintado por Reinaldo Azevedo. O problema, infelizmente, é que ele piora bastante  à medida em que lhe acrescentamos certos fatores demográficos e sociológicos sabidamente relevantes; por exemplo, a descontinuidade da memória coletiva em relação às duas principais mobilizações dos últimos 30 anos. Dezoito anos se passaram  desde o movimento pelo impeachment de Fernando Collor, e 26 desde a campanha das Diretas-Já.

De meados dos anos 80, quando assistimos ao restabelecimento do poder civil e da democracia, uma geração inteira entrou em cena. Qualquer pesquisa que se faça mostrará que a geração mais jovem simplesmente ignora o que se passou nessa época; hoje, a própria  expressão “caras-pintadas” designa um fato histórico já meio perdido nas brumas do tempo.

A passividade, aparente ou real,da sociedade frente aos escândalos de corrupção (II)

de Bolívar Lamounier

Este é o segundo de uma série de três posts que planejei sobre o candente tema da passividade brasileira frente à corrupção. A rigor, meu objetivo é focalizar melhor as questões em jogo, uma vez que o tema em si permeia vários dos textos que elaborei para este espaço.

Recapitulando um pouco, eu me propus abordar o assunto por meio de três indagações:

Por que há tanta corrupção?
Por que a sociedade não reage; como se explica tamanha passividade?
É possível imaginar uma situação futura na qual uma parcela ao menos dos cidadãos rompa essa passividade e se comporte como uma verdadeira “comunidade moral”? Que podemos fazer de prático para que isso aconteça?
Hoje, vou repisar alguns aspectos da primeira indagação e me concentrar na segunda; deixo para amanhã o desafio maior, que é o de sugerir providências práticas.

POR QUE HÁ TANTA CORRUPÇÃO?

Esta pergunta não comporta uma resposta única ou consensual, mas alguns pontos parecem-me bastante bem ancorados. Pensemos, inicialmente, no aspecto internacional: a incidência da corrupção entre países. Dada a virtual impossibilidade de se medir de fato a quantidade de corrupção, muitos pesquisadores utilizam uma medida subjetiva: a quantidade de corrupção percebida por um grupo de avaliadores, ou por uma amostra qualquer da sociedade. Convenhamos que não é uma solução satisfatória. De qualquer modo, há estudos estatísticos mostrando o óbvio: a corrupção percebida é mais alta em países mais pobres. Essa constatação sem dúvida envolve um círculo vicioso ou, se preferem, um efeito inercial; se há muita corrupção, é porque os transgressores lograram montar e mantêm uma complexa organização, esquemas de proteção etc que o poder público, com seus parcos recursos, não consegue combater de forma eficaz.

Observe-se, porém, que estudos desse tipo baseiam-se em comparações estáticas (sincrônicas), tomando certo número de países num mesmo momento do tempo. Se pudéssemos documentar o que ocorre num mesmo país através de um dilatado período de tempo – ou seja, na perspectiva diacrônica -, constataríamos o oposto, isto é, que a corrupção cresce  à medida em que a renda total da sociedade e a mobilidade da riqueza aumentam. Dizendo-o de outra forma, a corrupção não diminui à medida em que a riqueza aumenta: ela aumenta, durante um longo período, à medida em que a economia se desenvolve.

Um terceiro ponto que vários estudiosos brasileiros têm sugerido e pesquisas internacionais têm confirmado, é que a corrupção tende a ser tanto maior (ceteris paribus) quanto maior o controle do Estado sobre a economia e mais acentuada a participação dele como responsável direto por uma grande parcela das atividades produtivas.

Finalmente, e aqui vou fazer uma afirmação passível de controvérsia, o conjunto de forças políticas que chegou ao poder no Brasil nos últimos anos parece imbuída de certas concepções de política, de crescimento econômico e mesmo de Estado assaz desfavoráveis a um esforço sustentado de combate à corrupção. Falta-lhe, desde logo, uma compreensão rigorosamente impessoal do Estado, por sua vez imprescindível num projeto político efetivamente modernizador.

Por essa ou por outras razões, as referidas forças têm-se mostrado lenientes com a corrupção, ou pouco propensas a enfrentá-la; é o que me parece, embora a presidente Dilma Rousseff  me pareça merecer o benefício da dúvida em função de algumas atitudes que tem assumido.

O leitor poderá estranhar eu não haver incluído em minha lista alguns dos argumentos mais comuns, ou mais tradicionais:  aqueles que invocam a nossa “origem ibérica”, a “cultura brasileira”, o “caráter nacional” etc; não se trata de implicância ou dogmatismo, e sim de certa dificuldade que encontro  toda vez que me proponho verbalizá-los com o desejável rigor lógico.

POR QUE A SOCIEDADE NÃO REAGE?

A passividade real ou aparente da sociedade brasileira já em parte se explica pelas razões acima, mas três outros fatores me parecem igualmente essenciais.

O primeiro é o desempenho da economia: a inflação sob controle desde meados dos anos 90, e o forte crescimento do PIB e da renda nos últimos cinco anos. Como é arqui-sabido, esta combinação de fatores econômicos propiciou índices de aprovação extremamente elevados ao governo Lula, com duas importantes decorrências no que tange ao ânimo contestatório da sociedade. Por um lado, nas condições apontadas, o presidente anterior não teve dificuldade em “anestesiar” a sociedade com sua retórica e sua fértil imaginação, prevenindo (sobretudo junto ao “povão”) o aparecimento de algum foco de insatisfação eventualmente portador de questionamentos éticos. Pelo outro, uma acentuada relutância entre os políticos – aqui me refiro a todos, governistas e oposicionistas, desde os senadores e deputados federais aos vereadores do mais humilde município – a assumirem um discurso contundente, e já nem falo em ações mais expressivas de contestação.

A segunda razão que desejava mencionar é que a mobilização da opinião pública e a ocorrência de manifestações de protesto dependem muito do tipo de problema ou de malfeito que estejamos analisando. Uma coisa é o que os americanos denominam bread-and-butter issues: problemas econômicos. A instabilidade da moeda (quem não se lembra da super-inflação que nos atormentou durante décadas?) e carências agudas soem despertar protestos de forte intensidade e bastante amplos, espraiando-se, no limite, para o país inteiro. Mas é ingenuidade imaginar que protestos comparáveis tenham alta chance de acontecer em relação a problemas “meramente” políticos, infrações éticas ou mesmo a escândalos de corrupção, por afrontosos que estes sejam. Esta afirmação pode causar espécie e dar ensejo a irritadas objeções:  como foi então que milhões de brasileiros foram às ruas por ocasião da campanha pelas Diretas-Já e novamente quando do impeachment do presidente Fernando Collor de Melo?

A diferença, no meu modo de ver, reside na configuração política daqueles dois fatos; no fato, melhor dizendo, de ambos haverem adquirido uma feição nítida e dramaticamente plebiscitária, condição que não se repetiu nenhuma vez desde então. Por configuração plebiscitária deve-se entender uma situação percebida e vivida como um confronto entre dois e somente dois lados. Sim ou não, preto ou branco, aceitar ou não aceitar.  Questões éticas e escândalos de corrupção não necessariamente se apresentam como uma contraposição radical entre dois lados.

No caso de Collor, o caráter de confronto se estabeleceu basicamente em virtude – atenção!!! – da percepção generalizada de que o próprio presidente da República e sua família estariam envolvidos em práticas de corrupção. Depois dele, o paralelo mais próximo teria sido a situação de Lula durante a crise do mensalão, mas em nenhum momento ele chegou a ser percebido nos mesmos termos.

Contra a minha avaliação, pode-se evidentemente levantar uma série de “ses”: se a oposição tivesse sido mais contundente, se a Rede Globo tivesse feito isto ou aquilo…Pode ser, tudo é possível; neste texto, não tenho como correr atrás de todas essas possibilidades.

Em terceiro e último lugar, a participação política da sociedade é dificultada por um conjunto de fatores abundantemente estudado pelos  cientistas políticos. Este ponto tem tudo a ver com aquele que é o argumento não apenas mais comum, mas provavelmente  o mais sofrido de quantos temos ouvido ultimamente: a despolitização do povo brasileiro.

Aqui estamos nas cercanias da auto-flagelação. Para muitos, o problema é o subdesenvolvimento, a pobreza, os índices educacionais pavorosamente baixos da maioria dos brasileiros. Para outros, já é uma questão cultural, ou de caráter; a esta altura, estamos todos metidos num convívio generalizado com a corrupção;  com tal elenco, afirma-se, não tem  jeito mesmo; ninguém quer saber de nada, que dirá de ética; esse quadro, dizem os mais angustiados, não muda em menos de 500 anos.

Sim, o povo brasileiro é despolitizado. Num país de baixa renda e com tamanhas carências educacionais, esta afirmação pode ser considerada óbvia. Mas vamos com calma. Aqui, é essencial levar em conta o conhecimento acumulado sobre participação política, que remonta ao segundo após-guerra e abrange praticamente todos os  países do mundo.  Existe evidentemente uma relação entre status social (renda, nível educacional) e politização. Por politização devemos entender uma disposição a participar  (uma propensão psicológica); tal disposição inexiste, ou não adianta muito, quando o indivíduo carece de certos recursos fundamentais, como a educação, já mencionada, o pertencimento a grupos sociais que a reforcem etc etc. No frigir dos ovos, o que importa é portanto a capacidade de acompanhar os acontecimentos de maneira atenta e sustentada, a ponto de assimilar, contextualizar e processar criticamente as informações.

Assim entendida, a politização é um fato muito mais raro do que se imagina; qualquer que seja o país tomado como referência, o cidadão médio é muito, mas muito menos politizado do que as pessoas de alto nível educacional em geral supõem.

Ora, se a afirmação anterior vale para o “cidadão médio” (não importando aqui o método empregado em tal mensuração), é evidente que a noção de “despolitização” se aplica a fortiori aos estratos menos escolarizados: ao “povão”. Neste nível, princípios políticos abstratos são pouco compreendidos, para não dizer quase universalmente ignorados, portanto pouco relevantes.

O que têm “princípios políticos abstratos” a ver com escândalos de corrupção? Ora, basta ler o caput do artigo 37 da Constituição: “A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

Sim, de acordo, a turba que de tempos em tempos queima centenas de automóveis em Paris “participa”: manifesta sua insatisfação. Revolta-se. Não perde a chance de chutar o balde. Sim, participa, mas nem por isso deixa de ser uma turba; por pior que seja a situação dos integrantes daqueles grupos, por maior que seja o sofrimento deles,  descrever seu comportamento como “participação cidadã” equivale a abastardar bastante este último conceito. Nada faz crer que sejam pessoas politizadas no sentido que acima dei a esse termo.

Outro ponto importante é que toda participação tem custos.  Não precisamos nos deter aqui na definição técnica de tais custos ou nos métodos usados em sua mensuração. Basta lembrar que toda participação exige atenção, assimilação e processamento de informações, ou seja, no mínimo um custo em termos de esforço e de tempo. Envolve também riscos: isto os piromaníacos da periferia de Paris seguramente compreendem. Sempre há algum custo de oportunidade, dado que o indivíduo poderia empregar o tempo dedicado à participação noutra atividade: no lazer junto à família, por exemplo, ou assistindo a um programa na TV.

Pessoas cultas muitas vezes questionam esses empregos alternativos do tempo, torcem o nariz para os programas oferecidos pela TV etc. É uma atitude compreensível do ponto de vista de quem a sustenta, mas irrelevante pelo prisma do indivíduo hipotético a que estou me referindo, e portanto também irrelevante no que concerne à indagação de que eu parti no começo desta discussão.

O cidadão pode preferir tomar parte nas atividades que mencionei a participar de uma reunião política, e não deixa de ter razão, pois o grosso do trabalho político cabe às instituições: aos partidos, ao parlamento, aos juízes. A democracia é representativa, não direta; o cidadão delega poderes às instituições para que elas ajam por ele, e  as financia com seus impostos. Se o desempenho delas fica aquém do necessário, é outro problema.

O cidadão de meu exemplo é hipotético, mas é, bem ou mal,  um brasileiro, não alguém que tenha saído caminhando das páginas de Jean-Jacques Rousseau. Neste diapasão, ainda há alguns pontos importantes a considerar, como o papel da televisão e o que os cientistas sociais denominam dilemas da ação coletiva. Tratarei deles no próximo post.

A UNE, hoje


15 julho, 2011

Manchetes de hoje, 15/07


- Globo: Medo de calote leva China a pedir responsabilidade aos EUA
- Folha: Obama pressiona Congresso para evitar dar calote
- Estadão: Mulher de diretor do Dnit tem contratos para rodovias
- Correio: Reforço no caixa dos aposentados
- Valor: Usinas terão de garantir abastecimento de álcool
- Estado de Minas: Agora é melhor trabalhar no Brasil
- Jornal do Commercio: Mortos antes da explosão
- Zero Hora: MP e TCE investigam contratos de pardais em 58 municípios

Fonte: Josias de Sousa

Revistas semanais - 16 a 23 de julho de 2011




15 abril, 2011

Demora em nomeações desagrada PMDB do Senado (Valor Economico, 15 Apr 2011, Page A10)




Demora em nomeações desagrada PMDB do Senado

Valor Economico
15 Apr 2011

O comportamento da bancada do PMDB do Senado na votação da medida provisória que permite financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) à construção do trem de alta velocidade — a operar entre o Rio de Janeiro e Campinas......read more...

This email was sent to you by a user of PressDisplay.com, service by NewspaperDirect - an online source of publications from around the world. The PressDisplay Service contains copyrighted material, trade marks and other proprietary information. Receipt of this email should not be interpreted as grant of any licences express or implied, to the intellectual property of NewspaperDirect, PressDisplay or publishers of publications presented.

PressDisplay – Redefining the Reading Experience .

PressDisplay is a service by NewspaperDirect, Inc.
NewspaperDirect, Inc., 200-13111 Vanier Place, Richmond BC V6V 2J1, Canada
Phone: +1 (604) 278-4604

©2003-2011 NewspaperDirect, Inc. All rights reserved. Terms of Use  |  Privacy Policy

Gastos privados com Educação (Valor Economico, 15 Apr 2011, Page A13)

Testando esta ferramenta beleza!


Gastos privados com Educação

Valor Economico
15 Apr 2011

Diante da péssima qualidade da educação pública brasileira, muitas famílias acabam gastando uma parcela significativa da sua renda com educação privada. Uma pesquisa recente do Centro de Políticas Públicas (CPP) do Insper calculou pela primeira vez o......read more...

This email was sent to you by a user of PressDisplay.com, service by NewspaperDirect - an online source of publications from around the world. The PressDisplay Service contains copyrighted material, trade marks and other proprietary information. Receipt of this email should not be interpreted as grant of any licences express or implied, to the intellectual property of NewspaperDirect, PressDisplay or publishers of publications presented.

PressDisplay – Redefining the Reading Experience .

PressDisplay is a service by NewspaperDirect, Inc.
NewspaperDirect, Inc., 200-13111 Vanier Place, Richmond BC V6V 2J1, Canada
Phone: +1 (604) 278-4604

©2003-2011 NewspaperDirect, Inc. All rights reserved. Terms of Use  |  Privacy Policy

07 fevereiro, 2011

Tempo de muda

por Fernando Henrique Cardoso

O Estado de S. Paulo, 06/02/11

Novo ano, nova presidente, novo Congresso atuando no Brasil de sempre, com seus êxitos, suas lacunas e suas aspirações. Tempo de muda, palavra que no dicionário se refere à troca de animais cansados por outros mais bem dispostos, ou de plantas que dos vasos em viveiro vão florescer em terra firme. A presidente tem um estilo diferente do antecessor, não necessariamente porque tenha o propósito de contrastar, mas porque seu jeito é outro. Mais discreta, com menos loquacidade retórica. Mais afeita aos números, parece ter percebido, mesmo sem proclamar, que recebeu uma herança braba de seu patrono e de si mesma. Nem bem assume e seus porta-vozes econômicos já têm de apelar para as mágicas antigas (quanto foi mal falado o doutor Delfim, que nadava de braçada nos arabescos contábeis para esconder o que todos sabiam!), porque a situação fiscal se agravou. Até os mercados, que só descobrem estas coisas quando está tudo por um fio, perceberam. Mesmo os “velhos bobos ortodoxos do FMI”, no linguajar descontraído do ministro da Fazenda, viram que algo anda mal.

Seja no reconhecimento mal disfarçado da necessidade de um ajuste fiscal, seja no alerta quanto ao cheiro de fumaça na compra a toque de caixa dos jatos franceses, seja nas tiradas sobre os até há pouco tempo esquecidos “direitos humanos”, há sinais de mudança. Os pelegos aliados do governo que enfiem a viola no saco, pois os déficits deverão falar mais alto do que as benesses que solidarizaram as centrais sindicais com o governo Lula.

Aos novos sinais se contrapõem os amores antigos: Belo Monte há de vir à luz por cesariana, esquecendo as preocupações com o meio ambiente e com o cumprimento dos requisitos legais; as alianças com os partidos da “governabilidade” continuarão a custar caro no Congresso e nos Ministérios, sem falar no “segundo escalão”, cujas joias mais vistosas, como Furnas (está longe de ser a única), já são objeto de ameaças de rapto e retaliação.

Diante de tudo isso, como fica a oposição?

Digamos que ela quer ser “elevada”, sem sujar as mãos (ou a língua) nas nódoas do cotidiano nem confundir crítica ao que está errado com oposição ao País (preocupação que os petistas nunca tiveram quando na oposição). Ainda assim, há muito a fazer para corresponder à fase de “muda”. A começar pela crítica à falta de estratégia para o País: que faremos para lidar com a China (reconhecendo seu papel e o muito de valioso que podemos aprender com ela)? Não basta jogar a culpa da baixa competitividade nas altas taxas de juros. Olhando para o futuro, teremos de escolher em que produtos poderemos competir com China, Índia, asiáticos em geral, Estados Unidos, etc. Provavelmente serão os de alta tecnologia, sem esquecer que os agrícolas e minerais também requerem tal tipo de conhecimento. Preparamo-nos para a era da inovação? Reorientamos nosso sistema escolar nessa direção? Como investir em novas e nas antigas áreas produtivas sem poupança interna? No governo anterior os interesses do Brasil pareciam submergir nos limites do antigo “Terceiro Mundo”, guiados pela retórica do Sul-Sul, esquecidos de que a China é Norte e nós, mais ou menos. Definimos os Estados Unidos como “o outro lado” e percebemos agora que suas diferenças com a China são menores do que imaginávamos. Que faremos para evitar o isolamento e assegurar o interesse nacional sem nos guiarmos por ideologias arcaicas?

Há outros objetivos estratégicos. Por exemplo, no caso da energia: aproveitaremos de fato as vantagens do etanol, criaremos uma indústria alcoolquímica, usaremos a energia eólica mais intensamente? Ou, noutro plano, por que tanta pressa para capitalizar a Petrobrás e endividar o Tesouro com o pré-sal em momento de agrura fiscal? As jazidas do pré-sal são importantes, mas deveríamos ter uma estratégia mais clara sobre como e quando aproveitá-las. O regime de partilha é mesmo mais vantajoso? Nada disso está definido com clareza.

O governo anterior sonegava à população o debate sobre seu futuro. O caminho a ser seguido era definido em surdina nos gabinetes governamentais e nas grandes empresas. Depois se servia ao País o prato feito na marcha batida dos projetos-impacto do tipo trem-bala, PACs diversos, usinas hidrelétricas de custo indefinido e serventia pouco demonstrada. Como nos governos autoritários do passado. Está na hora de a oposição berrar e pedir a democratização das decisões, submetendo-as ao debate público.

Não basta isso, entretanto, para a oposição atuar de modo efetivo. Há que mexer no desagradável. Não dá para calar diante de a Caixa Econômica ter-se associado a um banco já falido, que agora é salvo sem transparência pelos mecanismos do Proer e assemelhados. E não foi só lá que o dinheiro do contribuinte escapou pelos ralos para subsidiar grandes empresas nacionais e estrangeiras, via BNDES. Não será tempo de esquadrinhar a fundo a compra dos aviões? E o montante da dívida interna, que ultrapassa R$ 1,6 trilhão, não empana o feito da redução da dívida externa? E dá para esquecer os cartões corporativos usados pelo Alvorada, que foram tornados “de interesse da segurança nacional” até ao final do governo Lula para esconder o montante dos gastos? Não cobraremos agora a transparência? E o ritmo lento das obras de infraestrutura, prejudicadas pelo preconceito ideológico contra a associação do público com o privado, contra a privatização necessária em casos específicos, passará como se fosse contingência natural? Ou as responsabilidades pelos atrasos nas obras viárias, de aeroportos e de usinas serão cobradas? Por que não começar com as da Copa, libertas de licitação e mesmo assim dormindo em berço esplêndido?

Há, sim, muita coisa para dizer nesta hora de “muda”. Ou a oposição fala, e fala forte, sem se perder em questiúnculas internas, ou tudo continuará na toada de tomar a propaganda por realização. Mesmo porque, por mais que haja nuances, o governo é um só Lula-Dilma, governo do PT ao qual se subordinam ávidos aliados.

SOCIÓLOGO, FOI PRESIDENTE DA REPÚBLICA

O XOTE DO BAIÃO, DIGO, DO APAGÃO - #charge do Miguel - #Dilma on Twitpic

O XOTE DO BAIÃO, DIGO, DO APAGÃO - #charge do Miguel - #Dilma on Twitpic

06 fevereiro, 2011

Teste

Oi!

CONTEÚDO LIVRE: Tempo de muda - Fernando Henrique Cardoso

CONTEÚDO LIVRE: Tempo de muda - Fernando Henrique Cardoso: "É hora de a oposição falar forte e esquecer as questões pequenas Novo ano, nova presidente, novo Congresso atuando no Brasil de sempre, co..."

Para Serra, PSDB não atua como deveria (O Estado de Sao Paulo, 06 Feb 2011, Page A1)




Para Serra, PSDB não atua como deveria

O Estado de Sao Paulo
06 Feb 2011

José Serra acha que há "uma desproporção imensa" entre o que o PSDB faz e o que deveria fazer. Para o presidenciável derrotado em 2010, o partido deveria estar preocupado em "dar resposta" aos quase 44 milhões de eleitores que votaram na oposição. Para......read more...

This email was sent to you by a user of PressDisplay.com, service by NewspaperDirect - an online source of publications from around the world. The PressDisplay Service contains copyrighted material, trade marks and other proprietary information. Receipt of this email should not be interpreted as grant of any licences express or implied, to the intellectual property of NewspaperDirect, PressDisplay or publishers of publications presented.

PressDisplay – Redefining the Reading Experience .

PressDisplay is a service by NewspaperDirect, Inc.
NewspaperDirect, Inc., 200-13111 Vanier Place, Richmond BC V6V 2J1, Canada
Phone: +1 (604) 278-4604

©2003-2011 NewspaperDirect, Inc. All rights reserved. Terms of Use  |  Privacy Policy

23 janeiro, 2011

18 janeiro, 2011

Sem o básico não é possível o superior

Autor: Carlos Henrique Araújo

Hoje, a falta de excelência do ensino superior é exposta de forma contundente em exames como o da Ordem dos Advogados do Brasil - OAB. Em média, há a aprovação de apenas 15% dos bacharéis em direito que se submetem ao teste. Sem tergiversação, a realidade é que a imensa maioria dos concluintes dos cursos de direito não possuí o conhecimento necessário para exercer a profissão para a qual foi treinada por quatro ou cinco anos.

É muito provável que se houver uma investigação mais detida dos resultados auferidos pelos reprovados haverá a constatação de que as dificuldades dos recém-formados são as mais básicas; conectam-se ao baixo grau de domínio da língua e a uma sofrível compreensão por meio da leitura. São dificuldades que deveriam ter sido resolvidas ou superadas no ensino básico.

Em 2010, quase 70% dos estudantes de medicina que se diplomaram pelas universidades do Estado de São Paulo foram reprovados numa prova aplicada pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo. Os jornais informaram que esse resultado teria sido o pior em seis anos de aplicação do teste. Diferentemente do exame da OAB, a adesão dos estudantes de medicina é voluntária e passar na prova não é pré-requisito para a habilitação do médico ao exercício profissional.

Uma rápida leitura dos resultados do antigo sistema de avaliação do ensino superior no Brasil – o apelidado de Provão – é desalentadora. É fácil perceber que os estudantes apresentam deficiências básicas de conhecimento da língua materna, não têm o hábito da leitura, carecem de instrumentos matemáticos e lógicos e não dominam conceitos científicos elementares, seja sobre a natureza, seja sobre os homens e suas instituições.

Pouco informados e sem nenhuma autonomia para buscar conhecimentos sozinhos, os estudantes brasileiros de ensino superior, principalmente em cursos menos valorizados economicamente, são repetidores de clichês, despreparados para o exercício da profissão e dependentes de tutela para o desenvolvimento posterior dos seus estudos.

O resultado de um ensino superior tão deficitário é que o mercado de trabalho é obrigado a absorver um contingente grande de profissionais mal preparados em áreas vitais para o País e para a vida em sociedade, tais como a medicina, o direito e o magistério. Outro efeito é a superprodução de formados que não irão exercer a profissão para a qual se dedicaram e consumiram recursos financeiros.

Não é por acaso que as maiores deficiências de atendimento ao público no Brasil estejam concentradas nas áreas de Saúde, da Justiça e da Educação. Exibimos serviços sofríveis de saúde pública e com defeitos e disfunções em serviços de saúde privada. Nosso ensino público é um recordista mundial de resultados negativos e o acesso à Justiça é baixo e o grau de eficiência do sistema jurídico deixa muito a desejar.

A baixa qualidade do ensino superior no Brasil é fruto, dentre outras causas, de décadas de falta de qualidade da educação básica. O baixo desempenho escolar e a alta incidência de reprovação no ensino fundamental condicionam e, praticamente, inviabilizam um ensino superior útil e de excelência no Brasil.

Só haverá mudanças positivas na formação superior e profissional dos brasileiros quando houver soluções para os problemas enfrentados no cotidiano do ensino básico. Não há como modificar problemas de aprendizagem que se arrastam durante anos em um tempo escasso para aprender uma profissão. Com um ensino básico ruim, estamos fadados a uma péssima formação superior.

http://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/sem-o-basico-nao-e-possivel-o-superior-3907042.html

Perfil do Autor

Mestre em Sociologia, consultor, ex-diretor do Inep/MEC. chfach@gmail.com

05 janeiro, 2011

Fixação

Charge do Novaes

Aconteceu em 05 de janeiro

Em 1785, Dona Maria I de Portugal promulga alvará que coíbe a proliferação de indústrias no Brasil.
Em 1826, a independência do Brasil é reconhecida pela Inglaterra.
Em 1876 nasce Konrad Adenauer, político alemão.
Em 1909, a Colômbia reconhece a independência do Panamá.
Em 1919 dá-se a fundação do Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, cujo militante número 7 foi Adolf Hitler.
Em 1938 nasce o Rei D. Juan Carlos de Espanha.
Fonte: Opinião e Notícia

Manchetes de terça, 05/01

- Globo: Itália vai ao Supremo e à Corte de Haia por Battisti
- Folha: PMDB usa salário mínimo para obter cargo; Dilma reage
- Estadão: PMDB usa alta do salário mínimo para retaliar Dilma
- JB: Não dá para ser feliz
- Correio: Bancos liberam R$ 105 bi para a casa própria
- Valor: Um pacote de US$ 8 bi para Iberdrola comprar Elektro
- Estado de Minas: Briga por cargos faz Dilma adiar nomeações
- Jornal do Commercio: Detran reajusta taxas
- Zero Hora: Supremo desarquiva processo de Battisti
Fonte: Blog do Josias

04 janeiro, 2011

Cientistas brasileiros ganham projeção internacional

Cientistas despertam atenção com trabalhos que vão da cura do Mal de Parkinson até a ‘energia escura’

O neurocientista Miguel Nicolelis pode receber um prêmio Nobel por seu trabalho sobre o mal de Parkinson. Outro brasileiro, o físico Daniel Vanzella, descobriu que a energia contida no vácuo é capaz de destruir estrelas. Gilberto Ribeiro desenvolve um resistor de memória capaz de mudar radicalmente o mercado de armazenagem de dados.





Valor Economico
04 Jan 2011





03 janeiro, 2011

Revistas semanais - 01 a 08 de janeiro de 2011





Feliz Ano Novo !

Charge do Cláudio

Manchetes de segunda, 03/01/2011

- Globo: 'Ação no Alemão é modelo para todo o pais', diz novo ministro
- Folha: Dilma decide privatizar ampliação de aeroportos
- Estadão: Dilma enfrenta crise entre PT e PMDB pelo segundo escalão
- JB: Dilma se une a Cuba contra a cólera no Haiti
- Correio: Dilma quer pacto contra o crime
- Valor: Planos de saída no Bolsa Família
- Estado de Minas: Como garantir seu emprego em 2011
- Jornal do Commercio: Desafio de Dilma é cortar despesas
- Zero Hora: Dilma vai cobrar metas de ministros
Fonte: Blog do Josias

Aconteceu em 03 de janeiro

Em 1875, morre Pierre Larousse, gramático e enciclopedista francês.
Em 1898, nasce Luís Carlos Prestes, político e líder comunista brasileiro.
Em 1903, o Panamá, que desde 1821 fazia parte da República da Grande Colômbia, declara sua independência.
Em 1918, a Polônia torna-se independente da Rússia.
Em 1925, o Partido Fascista italiano se torna único e Mussolini adquire plenos poderes.
Em 1954, Linus Pauling ganha o prêmio Nobel de Química.
Em 1983, nos EUA, a Apple apresenta o primeiro computador com mouse.
Fonte: Opinião e Notícia